Davi Moura - Nas Suas Mãos - Conheça um pouco da história
By Marjory Lincoln - maio 01, 2020
Davi
Moura é o tipo de homem que costumamos a dar aquela boa encarada de cima á
baixo, e chamar de “homão da porra” quando raramente os encontramos fora das páginas.
Ruivo, barba preguiçosamente cumprida, bonito demais, alto, forte... mas suas
melhores qualidades não são vistas por fora. Davi é um doce, tem o mesmo volume
de músculos quanto gentileza, muito bem educado, cavalheiro, um médico legista
do Rio Grande do Sul que acaba de se mudar para a cinza, Terra da Garoa.
É
quando chega aqui, á casa de seu padrinho paulistano e velho de guerra,
delegado da polícia Civil, onde ficará hospedado por um tempo, que conhece, em
seu novo ambiente de trabalho, Lívia. Uma jovem investigadora solteira, livre,
e bastante decidida.
É
literalmente numa cena de crime, no seu primeiro dia atuando, que o clima
surge, a paixão se sobressai ao clima fúnebre já familiar pra ele, e seu
coração gaúcho bate mais forte pela morena de quadril largo, cabelos negros e
cumpridos, e gostosa demais pra ser verdade. A promessa de que aquela agente
super talentosa seria sua mulher é cumprida, e ele rapidamente conquista ‘seu
sim’ para um café após o expediente, uma visita á sua cabana em construção
localizada em uma área verde linda que com certeza dividiria, assim que se
mandasse do quarto do seu padrinho, com Lívia Diehl, a sua paixão á primeira
vista.
Davi
é tão certeiro que consegue mais do que um sim após um chamego quente em seu
sofá empoeirado. O relacionamento aflora, ambos se conhecem melhor, e fica nítido
o clima dos pombinhos pelos corredores do agitado DEIC. A rotina do novo casal
é um paraíso. Fotografias que Davi ama tirar, as viagens ao litoral, o cafés da
manhã juntos, a comida feitinha pela mulher mais linda do mundo no fim do dia,
ao chegar em casa... sua sogra que não curtia muito o fato da filha não ter se
casado com um cara mais... “bom de grana”, nem era um problema, Davi tirava de
letra, o problema passou a ser outro, de uns tempos pra cá.
Alguém
naquele lugar, naquela cidade agora nem tão maravilhosa assim, não estava
gostando nada nada daquela felicidade desmedida, mãos dadas, planos pro futuro,
aliança...
Davi
precisa imediatamente terminar esse relacionamento, mandá-la embora de sua
vida, e nunca mais, sob hipótese alguma, se reaproximar. Seria um adeus
definitivo, doloroso, e traumático.
Ele
só não contava que o grande reencontro, anos depois, tivesse que ser em outra
cena de crime, uma cena de crime onde ele era agora, o réu, e ela, a investigadora
que tinha o sulista maldito, aquele que dizia amá-la mais que tudo no mundo,
mas que destruiu seu coração, nas suas mãos.
Contém
gatilhos, abordagem sobre depressão, violência, linguagem imprópria, e cenas de
sexo explícito.
Confira
a sinopse oficial do livro:
O que você faria se a liberdade e a vida do
homem que um dia partiu seu coração estivessem em suas mãos?
Davi precisava de um milagre para se livrar da acusação de assassinato e esse milagre tinha nome. Lívia. A mulher que teve o seu coração despedaçado por culpa sua!
Quando Davi Moura chegou ao Departamento de Policia Civil em Porto Alegre, a vida de Lívia mudou completamente. Aquele doutor barbudo, forte, extremamente inteligente e charmoso com seu sotaque sulista parecia ter preenchido um vazio dentro de si que ela jamais conseguiria explicar em palavras, e com ele não foi nada diferente. Ele não sabia se tinha cacife para namorar a melhor e mais bonita investigadora do estado, mas tentou e conseguiu.
Um completava o outro, parecia que aquela teoria da ‘metade da laranja’ nunca havia feito tanto sentido, mas em uma noite de natal, algo mudou, foi o fim de tudo. Para ele Lívia “não era mais o suficiente”, não existia mais sentimento algum, aquele relacionamento de “contos de fadas” era uma mentira. O cara mais amável que ela havia conhecido se transformara em segundos e ela nunca soube explicar o porquê, se é que havia alguma explicação.
Davi precisava de um milagre para se livrar da acusação de assassinato e esse milagre tinha nome. Lívia. A mulher que teve o seu coração despedaçado por culpa sua!
Quando Davi Moura chegou ao Departamento de Policia Civil em Porto Alegre, a vida de Lívia mudou completamente. Aquele doutor barbudo, forte, extremamente inteligente e charmoso com seu sotaque sulista parecia ter preenchido um vazio dentro de si que ela jamais conseguiria explicar em palavras, e com ele não foi nada diferente. Ele não sabia se tinha cacife para namorar a melhor e mais bonita investigadora do estado, mas tentou e conseguiu.
Um completava o outro, parecia que aquela teoria da ‘metade da laranja’ nunca havia feito tanto sentido, mas em uma noite de natal, algo mudou, foi o fim de tudo. Para ele Lívia “não era mais o suficiente”, não existia mais sentimento algum, aquele relacionamento de “contos de fadas” era uma mentira. O cara mais amável que ela havia conhecido se transformara em segundos e ela nunca soube explicar o porquê, se é que havia alguma explicação.
Deguste o primeiro capítulo do livro:
Capítulo 1
Lívia
Alguns
anos atrás...
— Boa noite, Doutor
Davi! — Subo as escadas e vejo meu viking gostoso sentado no chão e rodeado de
pedaços de MDF, martelo, pregos e outros materiais próprios para manualidades,
ou artesanato, como se diz aqui e não em sua cidade natal. Uma musiquinha country
tocava baixinho e, por causa da noite quente de verão, vestia apenas uma
bermuda surrada. Seu peito viril de macho gostoso era um deleite.
— Ei... boa! — Ele me
encara e eu me escoro na borda do murinho da varanda. Havia tirado a nossa rede
do lugar e trabalhava em alguma coisa. — Chegou cedo. Passou na sua mãe? Como
estão? — questiona ao me medir dos pés a cabeça. Eu estava de vestido para
suportar o calor que fazia, mas ele sabia que eu não havia trabalhado daquele
jeito.
— Eu passei lá pra
conversar com o Doutor Charles, e aproveitei pra tomar um banho rapidinho.
Corri o dia inteiro, não podia chegar aqui naquele estado — eu falo e ele sorri
como quem discordava. — Pedro te mandou um beijo na testa porque na boca eu não
deixaria, e meu pai perguntou quando que você vai até lá para ensiná-lo a mexer
com alguma coisa que ele comprou, mas não quis dizer porque era “um segredo
entre genro e sogro” — eu falo e ele concorda sorrindo e me olhando com aquelas
duas esmeraldas que me tiravam o foco. — O que está aprontando aí?
— Bom... era pra ser
uma surpresa, um presente...
— E cadê? — Eu me
abaixo, olho para toda aquela parafernália e não consigo identificar o que ele
estaria montando ou criando. Só tinha ferramentas e pedaços de madeira por todo
lado. — O que está fazendo?
— Coloquei atrás de
mim quando ouvi você descer do carro. — Ele articula com as mãos para trás e ri
de uma forma gostosa. Me olhava nos olhos como se não pudesse me deixar desviar
para espiar o que tinha ali. — Quer olhar pra cima, por favor? Deixa eu
terminar, senão não terá graça! — ele pede, eu me levanto e viro de costas,
ouço ele mexendo em tudo, creio eu que para esconder o tal objeto, mas
imediatamente sinto seu corpo forte colar em minhas costas. Ele me abraça, sua
boca avança em meu pescoço e uma paz absoluta toma conta de todos os meus
sentidos.
— Tão cheirosa... —
Ele deposita um beijo demorado ali e aperta minha cintura em seu abraço de urso
grande. Davi era um armário de tão forte, alto e gostoso. — Não gosto de pegar
folgas em dias diferentes de ti. Sinto tua falta o dia inteiro!
— Você viu que eu
tentei mudar, não consegui. Lin não pôde trocar comigo.
— Eu vi. Você
tentou... mas a saudade foi mais dolorosa hoje. Quase me matou.
— Por quê? — Eu me
viro a tempo de vê-lo sorrir.
— Porque você não
deixou arroz pronto e eu não sei fazer. Sempre sai queimado embaixo e cru em
cima — ele fala e eu dou risada. — Estou com macarrão instantâneo no estômago o
dia todo! — Ri da minha cara. Sua risada era deliciosa!
— Quando eu acho que
vai me dizer algo lindo... — finjo estar emburrada. — ...você me vem com essa.
Eu mereço mesmo, corro pra casa para encontrar a criatura acordada e sou
recebida com esse romantismo todo!
— Quer ouvir algo
romântico, quer? — ele pergunta zombando todo cheio de dengo e me fazendo
caminhar lentamente para trás.
— Quero!
— Então lá vai. Eu
tenho uma tara gigante por esse vestido. E eu não sei se você sabe, mas ele é
um pouco mais transparente atrás do que na frente. Isso quer dizer que dá pra
ver que você está de fio dental, do jeito que eu gosto, e meu pau acordou assim
que você virou de costas pra mim!
— Muito romântico.
— É o máximo que você
terá hoje... — ele fala, me faz descer alguns degraus da escada por onde subi e
se senta enquanto eu ainda permaneço de pé. — Deixa eu ver? Vira pra mim — ele
manda, eu obedeço, e enquanto eu fitava a noite de céu estrelado naquele
paraíso particular, ele beijava meu traseiro, mordiscava e alisava minha coxa
ao mesmo tempo em que segurava meu vestido rodado pra cima com a mão livre.
— Minha deusa, que
delícia você é! Tua marquinha está sumindo, precisamos descer a serra esse
final de semana. Fazer amor no mar como a gente ama! Olha pra isso... — Ele
passa sua língua em meu quadril. — Como não sentir saudade? — pergunta baixando
minha calcinha lentamente e eu me viro pra ele.
Seguro em sua cabeça
para me equilibrar nos degraus minúsculos, ele coloca a calcinha no bolso da
bermuda e me olha nos olhos levantando meu vestido novamente.
Só sua forma de
adorar meu corpo apenas olhando pra ele me deixava quente e extremamente
molhada, e o barulhinho que fez quando passou o polegar em minha fenda depilada
comprovava isso. Eu estava mais do que pronta só pelo seu abraço e seus olhares
esverdeados.
— Eu aposto que homem
nenhum jamais fez essa boceta salivar como eu faço. Não assim, não tão rápido —
fala me analisando, eu concordo com a cabeça e mantenho os lábios cerrados,
procurando conter o gemido de excitação fora de hora. — Coloca a perna nesse
degrau aqui. — Toca o degrau em que estava sentado e, assim, consequentemente
eu arreganho a perna. Filho da mãe!
— Davi — deixo
escapar seu nome em expectativa e ele sorri.
— Lívia? — Ergue uma
sobrancelha levemente e, antes que eu possa protestar, ele mete a boca em minha
intimidade e começa a me chupar daquele seu jeito, sem charme, sem calma
nenhuma... Chupava com vontade, desejo, força e passando a língua no lugar
certinho. Porque ele sabia como me desmontar inteirinha.
Segurava em meu
bumbum com a mão esquerda, me sugava como se mamasse em mim e, com a mão
direita, enfiava dois dedos, todo brincalhão.
— Vou cair,
amor... me deixe sentar! — eu imploro
quando já alcançava o limite.
Ele tira a boca e a
mão um tempo depois com muito custo, me faz sentar onde ele estava, no último
degrau, arreganha minhas pernas e eu me deito nos cotovelos para aproveitar
aquela sensação, mas não por muito tempo. Mantenho o antebraço esquerdo no
assoalho da varanda, e a mão direita eu deixo passear pelos seus cabelos
castanhos puxados pro ruivo, porque assim eu podia controlar seu oral mágico e
não tinha nada mais prazeroso pra mim naquele momento do que afundar sua boca
em minha boceta, que piscava enquanto ele a sugava. Eu o controlava. Naquela
hora eu mandava e ele obedecia. Puxava seus cabelos com pouca força, rebolava
em sua boca, podia ouvir seu gemido grosso abafado pela minha intimidade e,
quando ele sentiu que era a hora, passou a chacoalhar a cabeça com a língua pra
fora até me ver pirar. E assim foi, mas não parou. Meu orgasmo veio, eu ganhei um
tapa grosseiro, ele agarrou o meu bumbum com as duas mãos fazendo as minhas
pernas repousarem nos seus ombros, e assim continuou até me ouvir gritar de
tanto tesão. Tínhamos sorte de nossa casa estar localizada no meio do nada em
uma área quase rural na zona norte de São Paulo.
E nada era tão
excitante quanto ver sua cabeça no meio das minhas pernas e meus saltos caros
pro alto. Aquele contraste nada sutil entre o chique e o rústico demais, porque
aquele gaúcho era mais do que rústico.
Tanto que nesse
momento me lembro do nosso início. Eu não gostava de beijá-lo quando ele
acabava de me chupar, não estava acostumada, e na primeira vez que travei e ele
perguntou o porquê de minha atitude, fez algo que jamais esqueço até hoje. Davi
ficou por um tempão me despertando orgasmos múltiplos com a boca e depois me
fazendo chupar a sua língua por minutos a fio, sem parar... Me chupava, subia
para me beijar enfiando toda a sua língua em minha boca me ordenando que
chupasse até cansar, enquanto seus dedos brincavam com meu clitóris lá embaixo,
só para me distrair. E depois descia de novo, nunca parava, era raro ele parar
na terceira... O ogro fez isso até me viciar, até o ponto em que eu pedia seu
beijo só para sentir o meu próprio gosto em sua língua, e o que antes eram
dedos, passei a pedir sua vara bem forte enquanto o beijava deliciosamente, e
foi aí que pude conhecê-lo melhor na cama, e me conhecer melhor também. Por
isso eu o chamava de meu deus viking, pois, além da aparência rústica avermelhada
e levemente sardenta, meu homem não tinha escrúpulos na hora H, sentia vontade
e não pensava, logo fazia, e em consequência eu queria satisfazê-lo, porque se
tinha algo que eu amava na vida era vê-lo saciado. Ver Davi feliz e satisfeito
com o que eu fazia era a verdadeira definição de Nirvana para mim. Isso podia
ser no sexo, no dia a dia, ou de qualquer jeito.
— Divina! — resmunga
quando sob em cima de mim, beija a minha boca e, assim que sente minhas mãos
agitadas procurando por seu pau delicioso, ele ri. — Abra essas pernas que eu
vou dar o que você tanto quer.
Eu abro
imediatamente, ele tira o pau pra fora, enterra em mim de uma vez e começa a
estocar sem piedade... e me foder daquele jeito do lado de fora de casa, bem ao
relento, destravou minha garganta, que antes só gemia baixinho.
Achava que por ser
biomédico, ou seja, estar totalmente por dentro do tema saúde — literalmente —
conhecia tão bem o corpo humano, mas tão bem, que para as pessoas acreditarem
no que ele fazia comigo, era só filmando, só mostrando. Davi atingia um ponto
crítico dentro de mim que me fazia ter orgasmos enquanto me estocava e eu nunca
havia sentido aquilo. Era surreal. Ele não precisava sempre chupar no lugar
estratégico, e eu nem mesmo precisava me estimular para conseguir chegar
naquela sensação de extremo, de pés contraídos, olhos revirados, respiração
ofegante e prazer intenso por alguns segundos. Bastava ele me foder que eu
chegava lá e chegava lindo. Era maravilhoso.
— Amor... — eu
resmungo e ele balança a cabeça para dizer que estava ouvindo. Me olhava nos
olhos enquanto me estocava e gemia alto, mas não conseguia pronunciar uma só
palavra e para mim também era difícil. E a cara que fazia enquanto me invadia
com selvageria? Parecia tão puto da vida, tão malvado. — Eu te amo!
— Eu também... também
te amo. Vou gozar dentro amor, vou gozar dentro — resmunga, pois nosso
combinado sempre foi usar camisinha ou interromper. Afinal, em nossa relação,
que só ia completar quatro meses, já havíamos nos casado no cartório e já morávamos
juntos, tudo foi acontecendo muito rápido. Eu sei, foi uma loucura. Mas nos
apaixonamos perdidamente um pelo outro num piscar de olhos, e eu sabia que ele
era o homem da minha vida, não importava o tempo. — Por essas e outras que
combinamos de ter calma pelo menos no quesito filhos, mas em algumas ocasiões,
como aquela, as coisas fugiam do nosso controle. Eu nunca disse, e nunca ia
dizer, mas eu ficava maluca de tesão quando ele avisava que ia gozar dentro.
Quase que me levava ao céu ouvir aquilo. — Ah! Essa carinha acaba comigo, amor!
Tu me fode assim! — fala, chupa a minha língua e acelera as investidas jogando
todo seu corpo contra o meu e praticamente urrando. Meu deus da foda bem dada.
Ali eu sabia que ele logo ia gozar. E só por saber já começava a ver estrelas,
eu estava quase lá de novo. — Ah!
Caralho, Lív! — ele deixa escapar, eu sinto minha intimidade tremer
deliciosamente devido ao último orgasmo fodido, sinto aquele seu último
solavanco forte e me sinto aquecida por dentro. Coisas incríveis aquele homem
fazia comigo.
— É. Você realmente
estava com saudades de mim.
— Eu estou sempre com
saudade de você! Não consigo conter. Sinto muito a sua falta — ele fala com sua
boca perto da minha e eu puxo seu pescoço para um beijo. — E eu acho que você
também... — Interrompe o beijo e sorri pra mim.
— Eu te amo. Me
prometa uma coisa.
— Qualquer coisa!
— Prometa que não vai
me deixar, não importa o que aconteça. Não posso viver sem você! Jamais seria
capaz.
— Não diga isso nem
de brincadeira. — Perde o bom humor. — Me prometa você uma coisa...
— O quê?
— Jamais diga isso de
novo, jamais vou deixar você, não tem a menor possibilidade, e segundo, me
prometa que vai tomar um banho agorinha e que vai cozinhar o bendito arroz,
porque teu homem está esfomeado, agora mais do que nunca —diz e eu dou risada
de novo. — Já são nove da noite, se não me alimentar vai dormir de castigo.
— Você não vale um
real. Eu tô indo, tô indo! — reclamo quando ele começa a fingir que está
morrendo de fome no chão. Palhaço! — Devia ter me ligado, eu faria uma pausa
pra cozinhar rapidinho...
— Eu não queria te
perturbar, quis esperar.
— Preferia que
tivesse me ligado. Ficou com fome o dia todo!
— Não fiquei com
fome, compramos macarrão aos montes na última ida ao mercado, deu pra comer.
— Não voltarei a
comprar, miojo faz mal. E assim você aprende que tem que me ligar quando ver
que nem miojo tem. Mas também... — Eu me viro após me levantar e ajeitar o
vestido. A criatura estava secando minha bunda com a cara de safado que sempre
faz quando me vê nua. Subo em seu colo quando ele se senta e pervertido não
controla os próprios dedos. — Preciso tomar mais cuidado para não te deixar
aqui sem comida. Foi culpa minha, devia ter notado que comemos tudo ontem.
Devia ter me lembrado de fazer antes de ir pra delegacia.
— Hum, não é culpa
tua. Para com isso, quer dizer... — Ele ri. — É um pouco culpa tua, tem que me
mimar para pagar a mancada com teu homem. Vamos para o banho, certo!?
— Certo. — Sorrio ao
vê-lo morder o lábio inferior todo empolgado. — O que eu terei que fazer?
Espero que não judie tanto de mim...
— Vamos que no
caminho eu te explico — diz gargalhando, me levanta ainda em seu colo, seu
celular toca na mesa de centro da sala e, por causa do trabalho, corre para
atender. Eu sabia que era um SMS só pelo toque, e como eu entendia muito bem o
quanto era custoso seu trabalho, assim como o meu, eu entendia que não
adiantava fazer bico. Celular tocava, a gente atendia, não tinha jeito. — Vai
indo que eu já vou. — Ele sorri pra mim e eu concordo.
Corro pro banho,
demoro um pouco só para esperar por ele porque eu sabia que faríamos amor na
banheira, mas como ele não chega, eu corro. Davi com fome ficava mimado como
uma criança.
Saio pro quarto, me
visto com um pijama folgadinho e o encontro no sofá.
— Eu pensei que
alguém quisesse um dengo na banheira porque a esposa desnaturada deixou o
marido mais lindo do mundo sem comer, cheio de fome. — O abraço pelas costas do
sofá e somente naquele momento ele parece ter me notado.
— Oi. Vem cá! Senta
aqui!
— Deixa eu fazer seu
jantar, bebê! Eu já volto! — Saio após depositar um beijo em seu pescoço, mas
ele me segura pela mão.
— Não. Não estou mais
com fome, quero ficar contigo aqui. Vem aqui... por favor!
— O que foi? O que
você tem? — pergunto quando ele me coloca em seu colo. Parecia tão abatido.
— Nada. Só descobri
que um conhecido meu... faleceu... eu... Só fica aqui comigo, está bem? Fique
aqui. Não saia de perto de mim. Prometa que não sairá de perto de mim! — Davi
enterra seu nariz em meus cabelos e eu o abraço forte.
— Prometo. Não sairei
daqui! Eu te amo!
— Eu te amo muito
mais! Mais do que qualquer coisa, mais do que qualquer pessoa, acima de tudo.
Você é a minha vida! Será pra sempre a minha vida!
— Tudo bem, agora
você está me assustando. Parece que está se despedindo, então não faça isso. O
que foi que houve?
— Nada. — Ele me olha
negando com os olhos vermelhos indicando que havia chorado enquanto estive no
banho, mas aperta suas mãos em mim me fazendo ficar mais perto de si como se
não quisesse que eu me afastasse. — Eu só estou triste, estou um pouco triste.
Fica aqui comigo que daqui a pouco vai passar. Eu prometo que vai passar.
— Quem foi que
faleceu?
— Um amigo perito.
— Eu conheço?
— Ele se chamava
João. Era um homem incrível, Lív. Incrível! — ele diz, aperta seu braço
lamentando profundamente, e eu fico ali, esperando sua dor passar e orando para
que não demorasse muito, porque se tinha algo que não suportava era vê-lo
sofrer por qualquer motivo, e descobri só agora porque aquela era a primeira
vez que eu via Davi chorar.
— Quer fazer amor pra
tristeza passar? — eu sussurro e ele me encara afetuoso.
— Que história é
essa, maluca?
— Dizem que ajuda
— falo e ele sorri ainda mais.
— Você é tudo o que
tenho de mais precioso no mundo, sabe disso, não sabe!? — indaga parecendo
apreensivo. Até falava baixo. Eu concordo com a cabeça e ele tira uma mecha do
meu cabelo do rosto. — Quando te pedi em casamento, eu... te prometi muitas
coisas, Lív, além de te fazer feliz! Te prometi todas as minhas vidas depois
dessa, te prometi todo o meu tempo, toda a minha atenção, fidelidade, amor, e
também a minha própria vida se isso custasse a sua. Só que eu não prometi uma
coisa: não prometi que faria qualquer coisa para te deixar em segurança. Eu
abro mão de tudo, amor, eu ofereço tudo e qualquer coisa que eu precise para te
ver bem, viva e feliz. Eu faço qualquer coisa!
— Pare de falar
assim! — digo me sentindo agoniada. O que ele queria dizer com tudo aquilo?
— Sabe quando você
vive aquele momento que é tão maravilhoso, tão especial, tão incrível, que você
sente a necessidade de fazer alguma coisa, sei lá, alguma coisa mágica para que
ele dure eternamente? Porque parece que sem aquele momento bom sua vida ficará
descolorida, insossa? É desse jeito que
me sinto contigo, sinto essa vontade absurda de fazer o tempo parar a todo
instante! Como agora.
— Você não pode me
deixar! — eu disse porque sentia aquilo. Sentia que de repente ele queria se
despedir.
— Não importa o que
aconteça. Eu não vou deixar você. Eu nunca, jamais, vou me afastar de você!
Faço qualquer coisa para garantir que ninguém consiga nos separar. Vou te
proteger nem que para isso eu precise fechar os meus olhos para as coisas
horríveis que acontecem lá fora — ele fala, eu não entendo nada, e ele logo
suspira fitando minha face com seus olhos inchados. — Tô muito romântico e
meloso hoje, não liga pra mim. Vamos pra cama. Estou cansado.
— Passou a fome? Não
quero que durma de barriga vazia. Faz mal.
— Então me dê comida.
Faça qualquer coisa rápida. Quero logo a nossa cama, vamos testar essa teoria
maluca sua. — Sorri pra mim, mas eu não. Estava preocupada.
— Vamos testá-la sim.
— Beijo sua boca. — Eu já venho.
— Eu te amo!
— Eu te amo muito mais.
Mais que o dobro! — sussurro na sua boca, ele aperta minha cintura chupando
minha língua, mas depois volta a olhar nos meus olhos.
Tinha que ser tão
gostoso sempre? Por que precisava ter um gosto tão bom? Passo as pontas das
unhas em sua barba avermelhada e vejo sua íris se dilatando. O cheiro do seu
hálito era o melhor do mundo, sua pele levemente sardenta era a minha obra de
arte favorita e seus braços fortes... eram meu lar. Definitivamente me sentia
em casa ali. Ele fazia seus olhos passearem pela minha face inteira como se
quisesse memorizar cada curvinha, pintinha... todos os detalhes. Ele umedece os
lábios quando meus olhos caem lá, toca meu rosto com carinho e parece pensar
enquanto me analisava em silêncio. Parecia querer me dizer coisas, mas não
conseguia. Estava tão nitidamente distante quanto perto. E estava muito perto
agora.
— Qualquer hora
dessas vou fotografar o jeito que me olha. Você me deixa insano, até quando não
deveria. Você me deixa doido demais, me deixa cego só querendo ver uma única
coisa: essa carinha desaparecer. Porque eu não tenho controle nenhum quando
você me olha assim — murmura com sua voz rouca.
— Como eu te olho? —
pergunto sentindo minha vista esquentar. Eu queria chorar por algum motivo. E
queria mais dele, muito mais. Naquele momento eu queria seu toque em mim.
— Não sei explicar.
Seus olhos mudam, seus lábios ficam entreabertos. Neste momento você está
respirando pela boca como se já estivesse sendo estimulada sem minha ajuda, sem
meu toque, e está claro que você quer que eu te foda daquele jeito, agora
mesmo. Só de olhar pra você posso vê-la piscando — fala e um riacho desce de
dentro de mim. — Ah! Deus... — Nega com a cabeça me olhando nos olhos depois de
um tempo. — Vem! — exclama me puxando pela mão, e segue até o quarto me levando
consigo.
— O quê?
— Vou te mostrar. Vou
te mostrar o que você faz — fala, me solta assim que entra no quarto, se abaixa
na frente do criado-mudo e me mostra uma câmera pequenina que havia comprado
antes da gente começar a namorar. —
Deita! — diz após tirar a minha blusinha, meu shorts e depois minha calcinha.
Eu tento controlar a
ansiedade sobre o que faria comigo, ele se despe por inteiro, sobe em cima de
mim e entra sem pedir licença após arreganhar as minhas pernas.
Me abriu, posicionou
o pau com a ajuda de uma mão e, me encarando, começou a bombear sem cerimônia
após entrar deslizando e arfando. Tão gostoso, tão duro, tão grande me abrindo
toda por dentro.
Me inclino para ver
seu tanquinho se contraindo e, com o movimento brusco onde ele se inclina para
pegar a câmera ao lado, vejo estrelas e mio alto.
Ele levanta minha
perna direita e consegue o que quer me fazendo olhar em seus olhos demonstrando
surpresa ou espanto. Não sabia como ele poderia interpretar. Sinto aquelas coceguinhas
e a imensa vontade de esfregar o ponto G nele, e de algum jeito ele parece
entender, pois deita o corpo sobre mim, e com sua própria rocha endurecida me
satisfaz.
Aquilo era o céu!
Gemo, o flash da
câmera me cega, suspiro sentindo aquele tesão que só ele despertava em mim,
imploro para que não pare e, como ele não para, sinto esguichar no seu abdômen
e em sua rocha que me invadia, de tão maluca que aquela sensação foi.
Aquilo era vida. Era
definitivamente a nossa vida.
Nosso máximo, nosso
tudo. Éramos ali um só.
— Agora a minha vez.
Sabe o que eu quero e quero agora — ele exige após diminuir o ritmo dos golpes.
Sim, eram golpes
deliciosos eu sabia o que ele queria. Conhecia aquele gostoso como a palma da
minha mão. Ele já tinha gozado, já tinha me chupado, agora ia demorar um pouco
mais para gozar de novo, só que tinha uma coisa que o fazia pirar e gozar como
nunca, tirando olhar pra mim.
Fico de quatro com o
traseiro na altura de seus olhos, bato uma enquanto ele desfruta de sua nova
paisagem e curte o clima. Nem sempre me chupava, nessas horas gostava mais de
judiar de mim, o que sempre me fazia um bem danado. Assim que faço charme e
balanço o traseiro em sua face, ganho um tapa, um leve beliscão, mais um tapa,
só que agora bem na bocetinha que ele tanto amava e, como vingança, me enfio de
uma vez na sua boca.
Com isso ele me suga
forte, eu grito como uma depravada e, assim, acontece o que sempre acontecia
quando levávamos nossos momentos ao extremo daquele jeito, naquela posição. Ele
me empurra, gruda nos meus cabelos com força e se enterra no meu traseiro
falando coisas em meu ouvido que eu jamais repetiria em voz alta. Não porque
são impróprias, absurdas — e nem nada do tipo, assustadoras ou qualquer coisa
nesse estilo —, mas porque esse Davi, o Davi que pronunciava aquelas palavras
enquanto me fodia por trás... Ah! Esse eu não compartilho com ninguém. Essa sua
versão era só minha!
Pelo menos por agora.
Mal sabia eu que em
poucos dias tudo começaria a ruir, e que aquela noite seria a primeira do fim
dos nossos dias juntos. Naquela noite eu era a mulher mais feliz do mundo por
ter Davi em minha vida, por tê-lo literalmente dentro de mim como devia ser,
mas... depois de alguns dias, tudo mudaria. Todo aquele conto de fadas com
nossos felizes para sempre acabaria misteriosamente e sem avisar!
Ou até avisou. Eu que
me recusei a notar.
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